CUMPRIU-SE O MAR E O IMPÉRIO SE DESFEZ... A História magoa. A independência das colónias forçou meio milhão de portugueses a tomarem parte numa ponte aérea que os desembarcou em Lisboa trazendo a amargura na bagagem e tendo de se adaptar a uma terra que, em muitos casos, não conheciam. Este blog fala de retornados, espoliados, de gente que perdeu as suas casas e os seus bens, e que, sem receber quaisquer indemnizações do Estado português, continuam nos seus sonhos a revisitar África.
domingo, 29 de janeiro de 2012
Sebastião Silvestre Júnior (Nito), músico natural de Moçâmedes
Sebastião Silvestre Júnior (conhecido pelos baháís com «Nito») nasceu em 24 de Março de 1956 em Moçâmedes, em Angola. Era filho de um português de Castelo Branco e de uma princesa Cuanhama, chamada Petrussa Kashilula.
Durante a sua infância ficou a cargo de uma Instituição, onde um padre lhe ensinou a tocar viola.
Estudou em Sá da Bandeira, onde formou uma banda (os «Kuanza»). Tocavam em Hotéis e Igrejas (que dizem que se enchiam para os ouvir)
Fugindo à guerra civil de Angola veio para Portugal numa época de grande agitação política e social.
Em 1975, conheceu a Fé Baháí em Tróia (Setúbal), e rapidamente a mensagem de Baháulláh se tornou uma prioridade central da sua vida.
A sua voz e o seu talento musical tornaram-no uma figura muito popular entre a Comunidade Baháí de Portugal. A maioria dos Baháí portugueses consideram que ele é o autor das mais bonitas canções baháís em língua portuguesa. Os seus filhos (que hoje vivem em Portugal, Inglaterra, Holanda e Moçambique) herdaram o seu talento artístico.
Diga-se como nota de curiosidade que o Nito tinha Carteira Profissional de Músico, apesar de não saber ler pautas de música.
Em 1998, foi vítima de uma acidente de viação em Moçambique, tendo vindo a falecer num hospital Sul-Africano em 2 de Agosto desse ano.
O seu corpo está hoje sepultado no Maputo.
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