BRAVOS "RETORNADOS", REFUGIADOS, DESLOCADOS, ESPOLIADOS...

CUMPRIU-SE O MAR E O IMPÉRIO SE DESFEZ... A História magoa. A independência das colónias forçou meio milhão de portugueses a tomarem parte numa ponte aérea que os desembarcou em Lisboa trazendo a amargura na bagagem e tendo de se adaptar a uma terra que, em muitos casos, não conheciam. Este blog fala de retornados, espoliados, de gente que perdeu as suas casas e os seus bens, e que, sem receber quaisquer indemnizações do Estado português, continuam nos seus sonhos a revisitar África.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

ANGOLA - Dar a volta por cima ...

Publicada por MariaNJardim à(s) 06:07
Etiquetas: Angola, descolonização, espoliados do ultramar; integração retornados, espoliados do ultramar; retornados Angola, retornados Dar a volta por cima ...

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Há quarenta anos, em Setembro de 1975, quatro mil retornados desembarcavam diariamente nos aeroportos da Portela e Pedras Rubras. Ao mesmo tempo, cidades inteiras de Angola ficavam praticamente vazias: famílias, maioritariamente brancas, partiam em colunas de automóveis e camiões em direcção a Luanda ou à fronteira sul em viagens que ninguém sabe como iriam acabar. Boa parte da população negra foge também na esperança de escapar ao fogo cruzado dos movimentos, das suas facções e aos ódios tribais. Há quem se faça ao mar a bordo de traineiras. Outros aglomeram-se nos portos e aeroportos à espera de finalmente chegar a sua vez de partir. Gritam, sussurram, suplicam: “Tirem-nos daqui!”

Tiraram-nos. Mas houve quem nunca lhes perdoasse terem denegrido a imagem da Revolução e da descolonização

exemplar.

Cont.... AQUI



"Resiliência é a capacidade de transformar o trauma em crescimento, o sofrimento em competência"

Adalberto Barreto



Este blogue visa dar visibilidade a publicações veiculadas por outros blogues, sites, etc, que se debrucem sobre o drama dos portugueses deslocados de África, e de seus descendentes ali nascidos, pelo que nos dispomos a imediatamente a retirar qualquer publicação efectuada, desde que não seja do agrado do autor que devidamente identificamos.




"Já antes, noutros escritos, tenho reconhecido quanto é importante para a minha geração “beber” e sentir o outro lado da descolonização. Eu, militar em 1975, também fui dos milhares que gritaram nas ruas de Lisboa: “Nem mais um soldado p’ras Colónias!”; “nem mais um soldado p’ra Guerra!”; Nem mais um soldado p’ra Angola!”, numa altura em que, do outro lado, lá nas Colónias, os civis portugueses, muitos nascidos já em África, ficaram sozinhos com a história contra eles e, a única alternativa, em desespero, foi conseguirem lugar nas centenas de voos com destino a Lisboa deixando tudo para trás na maior parte dos casos e viajando só com a roupa que tinham vestida." Silvestre Felix (entrevista com Rita Garcia sobre o livro SOS Angola - Os Dias da ponte aérea)


SITES E BLOGS QUE FALAM DE SAUDADES DE ANGOLA


http://www.xirico.com/c_htm/tri/retornados.php#texto1


Tese descolonização

VIDEO: OS QUE VIERAM DE ANGOLA


http://xirico.com/c_htm/tri/retornados.php


1. Comunidade SOL

2. Tempo Caminhando

3. Filomena Barata blog

4. Angolanodeandrade

5. Sandularteblog

6. Angolabela

7. Kimboblog

8. Memorias da guerra Colonial- Guiné

Tese sobre patrimonio colonial arquitectonico de Moçambique

[PDF]

Dissertação_Gerbert Verheij.pdf - RUN - Universidade Nova de ...

Fuga de Angola através da Costa dos Esqueletos

E se não tivesse havido ponte aérea?

Espoliado

Velho e dobrado sobre o cajado,
Segue... a esmolar o pão da vida!...
-Parece uma virgula mal metida
Num parágrafo mal articulado.

Foi soldado e comerciante honrado
Na Pátria plural que foi concebida
D'honra e sangue da Geste convencida
Da justeza do Espaço conquistado

Espoliado... Retornado e só...
- Torrão de lama a virar em pó!...
Perdeu o sol e o Direito do chão...

- É trapo da bandeira... e caravelas
Chegadas ao cais e arreadas as velas
Por ventos de Leste... e Alta traição!...

CAMPOS ALMEIDA


"... Hoje as saudades, exteriorizadas por alguns desangolanizados, são mais sentimentais do que epidérmicas. Já passaram trinta anos. A maioria já tem mais anos de Europa ou estrangeiro do que de Angola. A vida em África era dura, cheia de privações e de muitas frustrações. Por muito mal que se passe em Portugal, no Brasil, nos E.U.A, no Canadá e na Finlândia (até há “retornados” neste país) dispõem-se de muito mais oportunidades e facilidades do que em Angola.


"...Por que perdeu Angola, em três dezenas de anos, todo um património em que se empenharam milhares de pessoas?


Ressalvando alguns aspectos negativos dos colonos, abordados em anteriores artigo(Os ossos do colonialismo) (A utopia de um novo Brasil em África), a colonização dos portugueses foi positiva, decorridos mais de 30 anos sobre o seu fim, com a poeira histórica já muito assente. Sobre os colonos, em uma manobra hábil da descolonização feita pelos militares portugueses , foram descarregados todos os anátemas do colonialismo. Mas este foi idealizado, normatizado e dirigido, sempre, sem um minuto de descanso, por Lisboa. Para os colonos foi descarregado o fardo desse colonialismo oco e antiquado, totalmente gizado e dirigido por Lisboa, embora eles não saiam isentos de culpa, por terem mantido uma passividade colaborante e de se terem aproveitado de leis injustas, especialmente as referentes ao trabalho compelido. Infelizmente o hábito de injustiças acaba por legitimizá-las, mas só para os que delas usufruem. Os colonos construíam, os oligarcas obstruíam, estes mentiam, aqueles acreditavam.
continua...

Capa do livro


O reconhecimento deste blog ao General António Gonçalves Ribeiro e a todos quantos estiveram nesta hora grave do nosso lado. Bem haja!

"...Fui ter com Costa Gomes acompanhado de um administrador da TAP, o engenheiro Norton, que disse não ser possível aumentar a capacidade de transporte. O presidente e os que estavam com ele consideraram: «Pronto, foi feito tudo aquilo que podia ser feito, é impossível fazer mais.» Alguém até disse: «Não há aviões. Eles que comeram a carne que roam os ossos.» Não aceitei essa impossibilidade.
E recoloquei a questão: tem de haver uma via, seja qual for ... In A Vertigem da Descolonização













Mais informações, clicar
AQUI e AQUI e AQUI



Ainda sobre o assunto. A tomada de consciência de de um ex-militar:

"Já antes, noutros escritos, tenho reconhecido quanto é importante para a minha geração “beber” e sentir o outro lado da descolonização. Eu, militar em 1975, também fui dos milhares que gritaram nas ruas de Lisboa: “Nem mais um soldado p’ras Colónias!”; “nem mais um soldado p’ra Guerra!”; Nem mais um soldado p’ra Angola!”, numa altura em que, do outro lado, lá nas Colónias, os civis portugueses, muitos nascidos já em África, ficaram sozinhos com a história contra eles e, a única alternativa, em desespero, foi conseguirem lugar nas centenas de voos com destino a Lisboa deixando tudo para trás na maior parte dos casos e viajando só com a roupa que tinham vestida." Silvestre Felix (entrevista com Rita Garcia sobre o livro SOS Angola - Os Dias da ponte aérea)


A isto chama-se Empatia (clicar), essa capacidade que muitos não possuem, infelizmente, de nos colocar-mos no lugar do outro, de sermos capazes de compreender as suas ideias, os seus sentimentos e as suas reacções...


Maria Clara Santos
O longe se fará perto

Lá longe
Muito longe
A guerra saiu à rua e escolheu-me
E sem saber porquê
Eu nada disse ao seu porquê
Como quem foge sem saber de quê
Como quem escolhe sabe-se lá o quê
Como quem não tem escolha
Como quem não vê
Não sente
Não tem amanhã

E parti p’ra longe
Tão longe de mim
Numa fuga sem destino
Sem princípio nem fim

Sou um desencontro onde mora a culpa
Sou a escolha que não tem desculpa
Mas ainda…procuro o caminho de casa
Numa curva da vida
Num canto da memória.

Um dia mudarei a história
E direi que voltei… de vez.
Na paz escolhida caminharei
E o longe, muito longe se fará perto
Qual sonhado oásis, no meu deserto.

m.c.s. 11.09.07




Refugiados!!! Retornados??? por Litomartin

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(Uma grande lista de livros sobre o ultramar, já publicados).
POSTAIS E FOTOS DE MOÇAMBIQUE DO ANTIGAMENTE
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MULHERES AO LUAR
REVIVER HISTORIAS

CENTRO DE ESTUDOS AFRICANOS




"...As nespereiras eram muitas. As goiabeiras. As maçarocas. E ninguém nos proibia de as tirar. E nós só apanhávamos a fruta quando já estava madura. Havia pobres, sim senhor. Havia mendigos esmolando, sim senhor. Havia ricos exploradores, sim senhor. Os ricos andavam de carro e no asfalto. E os pobres andavam a pé nos passeios e só nos passeios. Porque havia asfalto e havia passeios. Agora, há mais pobres. Que não andam nos passeios porque essa fronteira entre o asfalto e os passeios se diluiu. E os mais pobres enlouqueceram.Comem do lixo doscontentores. E os novos ricos são hoje mais ricos que os colonos ricos do antigamente, pelo menos em ostentação. Os colonos que pediram e exigiram à metrópole uma Universidade para formar os seus filhos que viviam ou já tinham nascido aqui. Para não mandarem os filhos estudar em Portugal. Hoje, os ricos daqui, nem sequer se preocupam com a nossa Universidade. À custa da nossa “independência”, mandam calma e serenamente, os seus filhos estudar no estran-geiro.. Este é o quadro da dignidade para alguns perdida e que o Sócrates, nas suas memórias, pretende segurar como uma estrela que nunca mais vai cair do céu.
(...) O que se passou foi que todos os urbanos foram mortos ou tiveram que abandonar a cidade, várias vezes e a ela regressando outras várias até ao cansaço que faz desistir. E os camponeses, pela força da metralha, tiveram que fugir do campo – salvo poucos que mesmo assim enquinaram a demografia de Luanda – e eles nunca tiveram a hipótese de apanhar avião para o estrangeiro. E não tiveram outro remédio que não fosse ocupar a cidade. O resto, na desgraça que estivemos com ela e ainda estamos, tudo isso está neste livro.
Cont...
.
Sócrates Dáskalos_UM TESTEMUNHO PARA A HISTÓRIA DE ANGOLA.pdf


..."Retorno maciço dos portugueses do Ultramar. Na aflição da fuga, até de barco de pesca vieram muitos, a ponto de alguém dizer que fomos descobrir o mundo de caravela e regressámos dele de traineiras. A fanfarronice de uns, a incapacidade de outros e a irresponsabilidade de todos deu este resultado: o fim sem grandeza de uma aventura. Metade de Portugal a ser remorso da outra metade. Os judeus da diáspora ansiavam por regressar a Canaan. Povo messânico também mas de sentido exógeno, para nós o regresso é o exílio. A nossa Terra Prometida estava fora de Portugal.

--- MIGUEL TORGA, Diário XII, 3ª edição revista

Capa do livro
CADA "RETORNADO" QUE MORRE É PARTE DE UMA BIBLIOTECA QUE SE INCENDEIA!


«Isto é selva e na selva só sobrevive a lei do mais forte e, por isso, não vale a pena estarmos para aqui com fantasias e cada um procurará armar-se o mais possível; até no campo político o sucesso depende muito do factor força».
Rosa Coutinho, presidente da Junta Governativa de Angola em 1974 citado pelo general Silva Cardoso no seu livro “Angola Anatomia de uma Tragédia”.


«Acabaram-se os sonhos. Agora só nos restam as pataniscas e as rabanadas».
De um “retornado” ao desembarcar no fervilhante aeroporto de Lisboa, fugido de Angola, no Verão de 1975.
DIAMANG E PESSOAL DA DIAMANG (FOTOS)

Integração não apaga memória dos retornados de África




Segundo a Constituição da República Portuguesa, "toda a pessoa tem direito à propriedade individual e colectiva, e ninguém pode, arbitrariamente, ser privado do que é seu. Portugal rege-se nas relações internacionais pelos princípios de independência nacional, do respeito dos direitos do homem... No

Art.º 13.º , podemos ler: 1 — Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.2 Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social. De início parecia tudo convergir para que fossemos indemnizados...Até nos mandaram fazer declarações de bens deixados nos locais de origem!... Porque recuaram? As leis poderão ser complicadas, mas a justiça é simples e legislada. Para que servem os parlamentares senão para as fazer cumprir? Não é o Parlamento o fiscal do Governo? Porque voltaram costas aos nossos direitos? Porque os Tribunais não tomaram iniciativa? Ou será que a Constituição é uma farsa? Para mais informações sobre a Lei, clicar AQUI



CADA "RETORNADO" QUE MORRE É PARTE DE UMA BIBLIOTECA QUE SE INCENDEIA. ACORDA PORTUGAL, ANTES QUE NADA RESTE DESSE PEDAÇO DA TUA HISTÓRIA! ENVIE-NOS O SEU DEPOIAMENTO PARA SER AQUI PUBLICADO!
.......

DAR A VOLTA POR CIMA...




Saudade


Ausente do corpo, sempre presente...
Povoa-me a alma de instantes do tamanho
do Mundo!
Nomes ausentes, flores pujantes de
primaveras passadas,
Memórias prensadas entre as folhas de
outras memórias,
Que de tempos a tempos folheio,
Tacteio as folhas verdes, esmorecidas,
Leio-lhes a sina, já escrita;
Nas nervuras ressequidas,
O toque trinado das cordas do tempo,
Acompanha o fado.
Histórias dentro de histórias,
Marcadas com pétalas de flores
E com folhas vivas
Sacrificadas ao ritual das marcas da vida.

J.F.
...

10 anos apos o fim da Guerra em Angola Comboio inaugura a primeira viagem ao Huambo (vide0 impressionante) AQUI


Se viveu em Mo
çambique consulte:
http://www.xirico.com

Angola que sera by MilaBrasil

Segundo a Constituição da República Portuguesa, "toda a pessoa tem direito à propriedade individual e colectiva, e ninguém pode, arbitrariamente, ser privado do que é seu.Portugal rege-se nas relações internacionais pêlos princípios de independência nacional, do respeito dos direitos do homem... No
Art.º 13.º , podemos ler: 1 — Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.2 Ninguém pode ser privilegiado,beneficiado,prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica ou condição social. De início parecia tudo convergir para que fossemos indemizados...Até nos mandaram fazer declarações de bens deixados nos locais de origem!...
As leis poderão ser complicadas, mas a justiça é simples e ela habita os corações dos homens e das mulheres portuguesas. PARA SABER MAIS, CLICAR AQUI















SITE LOBITO


ANGOLA - Meu mundo caiu





ANGOLA - Companheiros





ANGOLA - Metades de nós




ANGOLA - adeus


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Dar a volta por cima...





Angola...Tiempos viejos...





Espoliados 1975


Êxodo dos portugueses abandonando tudo o que tinham devido
à falta de segurança que lhes tornou a vida em Angola impossível.




Refugiados!!! Retornados??? por Litomartin


José Jacinto
DIÁSPORA (Desancorada)

Temos às vezes as vontades imersas
nas conversas distraídas da distância,
mas quando as vozes se emergem, de Nós,
… as lembranças atenuam as realidades,
as distâncias viram proximidades
e as possibilidades, agora, pausadas….
esgotadas quase,
mas determinantes, ainda,
aumentam…
mas já não interessa.

O tempo, aplicou o milongo
no devido tempo,
porque só quando é longo,
o tempo cura o tempo.

As realidades novas se apresentaram.
As dificuldades se ultrapassaram,
ou não, logo, mas perto do longe,
ainda continuam a ser o que são,
dobráveis, ultrapassáveis,
na hora da pessoal aceleração
do nosso momento.
E o picar do ponto rende-se ao facto ,
de a missão atribuída
estar quase cumprida.
Tempo intacto,
Gente indestrutível!
Passa o tempo
a ser cada vez mais passatempo
a contar histórias de outro tempo
desta vida

Afinal, a Saída,
apenas abriu a entrada
da continuidade da Nossa Cidade,
onde ainda permanecemos andantes,
(inexoravelmente presentes, já, da sua História,
ainda não contada e constante de manuais escolares.
Não importa. Somos melhor que os Diamantes, valemos muito mais.
Quando chegar a hora dos contabilistas fazerem a conta,
passaremos sempre com louvor e distinção nas Provas Reais.)
Acrescentados ao que éramos,
com a cobertura brilhante,
das coisas feitas fora.
Impressionante.
Em conformidade
com a nossa essência
algodoada em fardos de 50 e 60.

O funge, em geral,
aos domingos,
mesmo longe dos kimbos,
Se continuou a comer de garfo.
Em apartamentos sanzalados
Fumegantes, elevados,
Onde só se chega de elevador.
Às vezes avariado

Mas atenção:
A diáspora não lançou âncora.

José JacintoVer mais

Opiniões:

"Parece impossível que ainda hoje haja pessoas que continuam a confundir "colonos" e "colonialistas",
que vilipendiam os portugueses que foram para as ex-colónias e os que lá nasceram, que trabalharam que nem mouros, que ajudaram a urbanizar florestas e desertos, a rasgar estradas, a edificar cidades, e que, através de meios pacíficos, com
a sua presença, ajudaram, contra o interesse de grandes potências mundiais, a definir fronteiras, e até a criar uma mentalidade nacional angolana.

Deixemo-nos de fantasias! E de uma vez por todas compenetremo-nos que os "retornados" europeus de África, não foram mais que "marionettas" temporárias das quais o capitalismo europeu se serviu numa determinada fase da sua expansão, a partir do século XIX, a fase da busca de matérias, mão de obra barata e de mercados consumidores.


O resultado foi que, quando essa fase se esgotou, teve início uma nova fase com novas potências a entrar na corrida, tais como a EUA e a URSS, e não havia mais lugar para eles, que se tornaram um empecilho.
Só estavam lá para atrapalhar!

E pensando bem, quem era Portugal para pôr travão àquilo que alguém "eufemisticamente" denominou de "processo histórico" e que hoje mais claramente designamos de "neocolonialismo" e "globalização", se até a URSS, pouco tempo após acabaria devorada?

A diferença é que os "retornados" portugueses foram os únicos "povoadores" europeusque viram os seus bens nacionalizados e que não receberam qualquer indemnização!

Quanto ao neocapitalismo, esse está bem e recomenda-se, mesmo naquelas paragens. E mais selvagem que nunca! Os angolanos que se cuidem!

............

"...Se em lugar de ser dificultada a ida dos portugueses do continente para o ultramar como foi durante muitos anos com processos demorados, chegando ao cúmulo de ser necessária uma "carta de chamada" enviada por um familiar que lá residisse há um certo tempo para que outro membro da família se lhe pudesse juntar, tivessem sido criadas condições de incentivo à ida e fixação de muitos mais portugueses para aquelas paragens, talvez as coisas tivessem sucedido dum outro modo. A política ultramarina portuguesa pecou muito por omissão e falta de actualização.

"...Enquanto, até mil novecentos e sessenta e um, grande parte dos colonos que partiram para o ultramar eram gente ligada à terra, que dela viviam e nela trabalhavam, a partir desta data já não era bem assim; muitas pessoas formadas com cursos médios e superiores, quadros qualificados das mais diversas áreas, radicaram-se nos territórios portugueses ultramarinos, facto que deu origem a uma nova maneira de estar, novas formas de vida e um novo desenvolvimento sem precedentes na história daqueles povos.

"...A dificuldade em transferir dinheiro de Angola para o Continente constituiu sempre um obstáculo difícil de contornar à maioria das pessoas que optaram fazer de Angola a sua terra. A falta de liberdade na circulação de bens entre o ultramar e o continente embora fosse justificada, até determinada altura, com a intenção de reter o capital em solo africano para que aí fosse investido, a partir do momento em que se pensou na independência das províncias ultramarinas deveria ter sido de imediato modificada a fim de garantir os direitos dos cidadãos portugueses que lá residiam. Tal medida não tendo sido tomada, originou uma verdadeira catástrofe para quem foi forçado a abandonar África.

"...Nesta altura dos acontecimentos, dadas as circunstâncias das mudanças políticas ocorridas em Portugal, é de todo incompreensível que a transferência de capitais não tenha sido permitida. É intolerável que as pessoas que voluntária ou involuntariamente quisessem abandonar Angola, Moçambique, Guiné ou outra qualquer província não pudessem trazer livremente os seus haveres; dinheiro, carros ou quaisquer outros bens materiais. Prédios, terrenos urbanos ou rústicos, fazendas, fábricas, estabelecimentos, imóveis de qualquer índole, estavam sentenciados a ficar; é mais que evidente que os seus possuidores todos os pretendiam vender mas, em face da situação, não havia quem se interessasse pela sua aquisição.

A maior parte dos bens pertencentes aos cidadãos portugueses foi pura e simplesmente abandonada pelo facto de seus donos não terem outra opção. Chegou-se ao cúmulo de se trocarem carros quase novos por simples volumes de maços de tabaco ou por pequenas porções de determinados alimentos, entre eles o pão, que raramente se encontrava à venda.

Houve quem trocasse fazendas e casas por títulos de hipotéticas transferências bancárias para o continente as quais nunca chegaram às mãos dos seus destinatários. O depósito no banco nunca se concretizou e o paradeiro do burlão na maioria dos casos era desconhecido. Os lesados nunca poderiam reclamar sob pena de incorrerem em crime punido por lei, sendo acusados de transferência ilegal e fraude, se persistissem na queixa.

No mercado negro os escudos angolanos que em tempos, em momentos de alta, chegaram a trocar-se por escudos portugueses na base dos trinta por cento, o que era escandaloso, estavam agora no mesmo mercado nos setenta, oitenta por cento e nem mesmo assim era fácil conseguir a troca. Para além de todas estas vicissitudes, terem de entregar mil e oitocentos escudos angolanos para receberem mil portugueses, não era fácil de aceitar a pessoas que viviam do seu trabalho.

O facto do Governo Português não acautelar ou, pior ainda, não autorizar a transferência dos bens dos portugueses na altura da descolonização foi uma das maiores injustiças, praticadas por quem mandava e a desgraça de tanta gente, que após longos anos de trabalho, caiu sem culpa nem pecado na mais odiosa das misérias, na pobreza extrema, no desespero, muitos na loucura e até na morte. Foi a situação mais injusta e catastrófica que imaginar se possa! "

Aida Viegas, Abandonar Angola. Um olhar à distância. Aveiro, 2002, pp. 101-112.




Um dia a História há-de julgar...

"Lisboa manteve sempre uma interface entre as duas comunidades, a africana e a europeia, de modo a complicar quaisquer veleidades autonómicas. Dividir para governar de acordo com a velha máxima de Roma. A independência acabou por chegar, mas vinda de fora. No processo da independência só intervieram os metropolitanos comissionados e os angolanos no exílio." Luiz Chinguar

OBSERVATÓRIO EMIGRAÇÃO

O regresso da nova geração de jovens portugueses a Angola - Parte 1
O regresso da nova geração de jovens portugueses a Angola - Parte 2


Espoliado

Velho e dobrado sobre o cajado,
Segue... a esmolar o pão da vida!...
-Parece uma virgula mal metida
Num parágrafo mal articulado.

Foi soldado e comerciante honrado
Na Pátria plural que foi concebida
D'honra e sangue da Geste convencida
Da justeza do Espaço conquistado

Espoliado... Retornado e só...
- Torrão de lama a virar em pó!...
Perdeu o sol e o Direito do chão...

- É trapo da bandeira... e caravelas
Chegadas ao cais e arreadas as velas
Por ventos de Leste... e Alta traição!...

CAMPOS ALMEIDA

Blog GENTE DO MEU TEMPO Moçâmedes
Blog relembrando QUITEXE

VIDEO FUGA DE MALANGE 1975

VIDEO FUGA DE LUENA PELA ZAMBIA 1975



Minha Terra Longe

Infinitamente
Observo o Sul
e imagino-me na Minha Terra Longe
A minha Terra Longe
Está para além do mar

E de todo um continente

Imagino-me nela,
penetro nela mas...

não encontro a escola que frequentei,
as ruas que percorri
as casas que habitei
as cidades onde brinquei
não vejo os amigos
não encontro os vizinhos

Reconheço os lugares pelos espectros do que a minha Terra foi Há lá uma outra gente, uma outra humanidade, Gente que nada me diz

A minha terra Longe
Já não a reconheço
Não tenho chão, apagam-se as raízes
Resta a saudade da Pátria que foi
E a mágoa e a dor da Pátria que perdi



Rui Moio - 28Set2004

Evasão da cidade do Luso (Luena) para a zâmbia, em 1975

«Isto é selva e na selva só sobrevive a lei do mais forte e, por isso, não vale a pena estarmos para aqui com fantasias e cada um procurará armar-se o mais possível; até no campo político o sucesso depende muito do factor força». Do arvorado a almirante Rosa Coutinho, presidente da Junta Governativa de Angola em 1974 citado pelo general Silva Cardoso no seu livro “Angola Anatomia de uma Tragédia”. «Acabaram-se os sonhos. Agora só nos restam as pataniscas e as rabanadas». De um “retornado” ao desembarcar no fervilhante aeroporto de Lisboa, fugido de Angola, no Verão de 1975. Evasão da cidade do Luso (Luena) para a zâmbia, em 1975 VIDEO:Integracao não apaga a memória dos retornados
Retornados...

O termo foi "arranjado" pelo próprio governo, com a criação do IARN. Mas se é verdade que muitos desses portugueses retornaram a Portugal, muitos outros não retornaram! Retornar é voltar a..., regressar a ... e esses portugueses que tinham nascido e crescido nas colónias, acabaram por vir parar a Portugal e não retornar !




....
Poema Mãe Angola

Angola...
Somos aos milhões perdidos,
pelo mundo divididos.
Vivemos noutros países,
presos às tuas raízes.
Pelo tempo divagámos,
Já contámos a história,
lições que a memória teima em recordar.
És a força estranha que acompanha as horas doridas,
paixão que não passa,
peso que arrebata
a paz das nossas vidas.

Minah Jardim - (Adaptado)
Fonte: Blogue "Lupango da Jinha"


Muxima, Amanhã (Homenagem ao Duo Ouro Negro)

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Oh, noites de Angola! Noites de magia tropical, de sedutora beleza e perfume inebriante! noites puras e sensuais ao mesmo tempo, em que a alma ingénua de uma criança se possa aliar ao sangue quente da mocidade! Noites que não têm principio nem fim, porque nasceram não se sabe quando, e morrerão só quando deixarem de ser noites de Angola.

Noites da minha terra! Noites que são pedaços de mim próprio, porque na pureza do ar está a pureza da minha alma e, na sensualidade do mistério que as envolve, está a sensualidade do meu sangue quente desse sangue que eu sinto ferver dentro de mim!

Noites de Angola! Noites da minha terra! Poemas imorredoiros de Amor e Paz, escritos pela Mãe Natureza, destes à luz da vossa sombra a alma eternamente enamorada que eu sou!

Noites de Angola – porque tão longe me ficastes?

Saudade meu bem Saudade……

Lisboa 1958
publicado por H. Nascimento Rodrigues (Provedor de Justiça) in www.ouvidorkimbo.blogspot.com
https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgXxyJdKt_05RRsM40Z6E5PH1TBR5cfBkD39gDdZue6J71PbhBd6jiaq9eYSC4tghDD6UQUExTqYDvDsPSzEuM7vAOkAlvnLkURzJiyJIH1oNJNJJ7OIMwbIziKPVI9QBv5d8yYnCUjfTw/s1600/AY1723914.jpg
"Partiram de mãos vazias. Enraizaram-se e amaram a terra. Mudaram África e foram mudados por ela".

«... grupo de gente boa e menos boa e até má, que, com todas as suas contradições, iniciou a construção de uma cidade de que toda a gente que nela viveu ou vive se orgulha.»

(...)No futuro, o neo-colonialismo obedecerá a esquemas de Estados, subordinados a programas das multinacionais. A colonização portuguesa foi feita ao sabor do espírito aventureiro de um povo que se sentia mal-tratado na sua própria terra. O Estado só apareceu para estragar..."

"Os colonos" de Antonio Trabulo

"...Decorrem mais de vinte e cinco anos da independência de um território português, portando dos factos mais graves da traição. E dos crimes que se lhe seguiram. Já ninguém está em perigo. A cólera, naqueles anos que se lhe seguiram, contra os fautores desses crimes, amorteceu. Hoje pensamos e agimos com total serenidade, e mais convictos ainda da merecida censura contra quem causou tamanhas desgraças e sofrimentos. Pensamos por isso que nunca deverá ser omitida ou arrumada no esquecimento a justa censura.

Todos as pessoas que foram vitimas da descolonização, assim considerado o trágico evento, que abrange todas as ofensas a milhares ou mesmo milhões de pessoas, de qualquer raça, cor ou credo, dos territórios do antigo ultramar, deverão manifestar-se do modo que lhes for possível e sempre e quando lhes for possível, no sentido de se avaliarem pelo menos com uma razoável aproximação, os efeitos nefastos e maléficos dos factos criminosos de que cada um foi vitima. E daí se criando um movimento de verdade, de definição, de contabilidade dos horrores desta calamidade.

Parece-me que deverá ser feita essa contabilidade de horrores da descolonização, e salvas as devidas proporções, e com o devido respeito, à semelhança do que estão muito justamente fazendo os judeus, face aos horrores que sofreram vitimados pêlos actos dos nazis, aquilo a que se chamou holocausto.

E a par dessa contabilidade de horrores, deverá criar-se um tribunal da opinião pública, para julgar em termos morais, de censura moral, os factos até agora mantidos, pela propaganda, ocultos ou deformados de modo a parecerem actos normais, lícitos, morais, e por vezes até heróicos dos fautores ou responsáveis por esta descolonização criminosa.
In Macuaorg

Se nasceu ou viveu em Sá-da-Bandeira (Lubango), Bela Vista, Silva Porto, Dondo, nos anos 1930-1940-1950, ou teve familiares que alí viveram, se pertence às famílias Brunido, Pereira, Costa e outras, e veja este extraordinário slideshow da família Rodrigues, clicando AQUI . Poderá ter surpresas agradáveis!













Apesar dos erros da governação, eis aqui um tipo de vivência que há muito quem pretenda abafar, por ignorância ou má fé, tentando dividir as pessoas em boas e más, de acordo com a côr da pele, e metendo "colonos" e "colonialistas" no mesmo saco.

Sem dúvida que mesmo passando pelos temores que passaram, muitos dos brancos quando deixaram Angola, e sobretudo os que ali haviam nascido e não conheciam outra terra como sua, levaram consigo a intenção de voltar, só que as circunstâncias no pós independência não lhes facilitou o regresso, uma vez que o governo de Angola pouco tempo depois publicou um decreto que nacionalizava os bens de todos aqueles que no espaço de quarenta e cinco dias não estivessem presentes em solo angolano, situação na prática impossível mesmo que a paz em Angola tivesse regressado. Foi essa situação que levou a que a maioria tivesse acabado por ficar em Portugal, no Brasil, na África do Sul ou em quaisquer dos outros países que os acolheram.


Clicar para ver REVISTA SÁBADO: Os angolanos que mandam nas maiores empresas portuguesas

O site XicoNhoca disponibiliza scans de edições da revista moçambicana "Tempo", dos anos 70. Vale a pena dar uma espreitadela em http://group.xiconhoca.com/revista-tempo/.

"Fomos descobrir o mundo em caravelas e regressámos em traineiras. A fanfarronice de uns, a incapacidade de outros e a irresponsabilidade de todos deu este resultado: o fim sem grandeza de uma grande aventura. Metade de Portugal a ser o remorso da outra metade."

Miguel Torga


O tempo vai passando, muitos dos espoliados já faleceram, outros vão falecendo... Já faltou mais do que falta para que Portugal possa encerrar definitivamente esta página vergonhosa da sua História que atnigiu a todos nós, não apenas portugueses mas também angolanos!













Apesar dos erros da governação, eis aqui um tipo de vivência que há muito quem pretenda abafar, por ignorância ou má fé, tentando dividir as pessoas em boas e más, de acordo com a côr da pele, e metendo "colonos" e "colonialistas" no mesmo saco.


"O GRANDE POEMA"

"Este é o poema que eu escrevi
Para as crianças da minha terra !...
Para as crianças negras,
e brancas,
e mestiças,
sem distinção de cor...
comungando o Amor
que as unirá...

Este é o poema que eu escrevi a sonhar...
de olhos perdidos no mar,
que me separa delas...

O poema que eu escrevi a sorrir...
a gritar confianças desmedidas
nas ânsias partidas...
quebradas...

como velas de naufrágio !...
O poema que eu escrevi a soluçar,
sobre os livros
onde não encontrei
para os sonhos resposta um dia !..."

ALDA LARA
**********

"Os danos morais e materiais são de tal ordem que pessoas das minhas relações dormiam no aeroporto acabando por serem encontradas mortas. Não lhes vali, sem grandes capacidades para tal, porque apenas sabia dos funerais, que com muito pesar acompanhei. Por isso e muito mais, o sofrimento não cabe no meu peito.”

José Magalhães Barros (Porto Salvo)





É preciso ficar aqui

É preciso ficar, aqui, entre os destroços,
E cinzelar a pedra e recompor a flor.
É preciso lançar no vazio dos ossos
A semente do amor.

É preciso ficar, aqui, entre os caídos,
E desmontar o medo e construir o pão.
É preciso expulsar dos cegos dias idos
A insónia da prisão.

É preciso ficar, aqui, entre os escombros,
E libertar a pomba e partilhar a luz.
É preciso arrastar, pausa a pausa, nos ombros,
A ascensão de uma cruz.

É preciso ficar, aqui, entre as ruínas,
E aferir a balança e tecer linho e lã.
É preciso o jardim a envolver oficinas:
É preciso amanhã.

António Manuel Couto Viana (24 de janeiro de 1923 - 8 de junho de 2010)


"Partiram de mãos vazias. Enraizaram-se e amaram a terra. Mudaram África e foram mudados por ela".

«... grupo de gente boa e menos boa e até má, que, com todas as suas contradições, iniciou a construção de uma cidade de que toda a gente que nela viveu ou vive se orgulha.»

(...)No futuro, o neo-colonialismo obedecerá a esquemas de Estados, subordinados a programas das multinacionais. A colonização portuguesa foi feita ao sabor do espírito aventureiro de um povo que se sentia mal-tratado na sua própria terra. O Estado só apareceu para estragar..."

"Os colonos" de Antonio Trabulo

Os Colonos de António Trabulo

Os Colonos de António Trabulo

Os Retornados

Os Retornados
Júlio Magalhães

Retornados O Adeus a África

Retornados O Adeus a África

Lubango

Lubango
Antonio Trabulo
VIDEO

...
Portugal está em dívida para com os espoliados do Ultramar. Portugal tem o dever moral de pagar essa dívida, indemnizando as familias a quem, através de intensa propaganda na Metrópole, fez deslocar para as «colónias ou «províncias ultramarinas» como lhe queiram chamar, no primeiro caso, paulatinamente, e mais propriamente a partir da Conferência de Berlim (1885/1885) , depois, e com maior intensidade a partir de 1950 e sobretudo a partir de 1961.


Portugal está em dívida para com os espoliados do Ultramar. Portugal tem o dever moral de pagar essa dívida, indemnizando as familias , na sua maioria gente trabalhadora e despolitizada, que trabalhou duro e investiu na terra quanto ganhou, transformados que foram nos «bodes expiatórios» das experiências da colonização.

«Todos os países que tiveram colónias, indemnizaram os seus cidadãos, os portugueses investiram em Angola, venderam o que tinha no seu País para rumar para Africa e continuam a pedir que se faça justiça», destaca ao acrescentar: «O governo português, infelizmente, o que faz ainda é anti-pressão e elogio, procura por todos os meios passar para a opinião pública que não temos quaisquer direitos, ou que tudo tinha sido roubado e adquirido ilicitamente.... é precisamente porque estão vivas as figuras gradas que fizeram a descolonização que se pensa assim», lamenta Lucas Martins.

«Por que motivo os alemães vêem as suas fazendas devolvidas por Angola e nós portugueses continuamos a aguardar justiça há mais de 33 anos, senhor Primeiro-Ministro ?» É esta a pergunta que as duas associações de espoliados do Ultramar deixam ao Governo de Sócrates
Isabel Guerreiro

NOTÍCIAS vindas de Luanda dão conta de que o Governo angolano está a devolver dezenas de fazendas a cidadãos alemães que abandonaram o território africano por altura da independência, em 1975.

Segundo o jornal «Africa Monitor» «o incremento por que estão a passar as relações angolano-alemães é devido a uma política condescendente de Angola face a exigências da Alemanha, tendo em vista a devolução de fazendas de que cidadãos alemães foram desapropriados a seguir à independência do território»
.
A notícia acrescenta ainda: «os processos de reclamação das fazendas, movidos pelos antigos proprietários alemães (ou herdeiros), vinham deparando com a dificuldade acrescida de algumas delas, em especial as situadas na província Cuanza-Sul, estarem ocupadas ou serem usufruto de personalidades da elite. A Alemanha alegou que os seus nacionais residentes no território à época de independência abandonaram Angola por razões de força maior —desordem violenta, que inclusive provocou mortes».

«Por que motivo os alemães vêem as suas fazendas devolvidas e nós portugueses não, senhor Pri-meiro-Ministro ?»

É esta a pergunta que as duas associações de espoliados gostavam de ver respondida pelo Governo de Sócrates.

Ou será que Portugal está interdito de alegar motivos identicos aos que a Alemanhã alegou? Má consciência perante os que deixou abandonados a uma guerra fraticida? Má consciência perante os que tiveram que partir e abandonar tudo?

Só sente e continua a sentir o problema quem o realmente viveu, porque os que vieram a seguir ao 25 de Abril, os instalados no poder, estão todos bem, estão todos ricos e perderam a sensibilidade.

Conclusão pura e simples: o tempo vai passando, muitos dos espoliados já faleceram, outros vão falecendo... Já faltou mais do que falta para que os «donos» de Portugal possam definitivamente lavar as mãos, não a consciência, sobre este assunto!

DOSSIER ANGOLA


"Que seria de nós
se não tivéssemos memória?...
Esqueceríamos as nossas amizades,
os nossos amores, as nossas lutas,
os nossos trabalhos. (...)
A nossa existência reduzir-se-ia
aos instantes sucessivos
do momento actual
que foge sem cessar.
A nossa vida é tão vã que, no fundo,
ela não é mais que o reflexo
da nossa memória."


Chateaubriand

"ESPOLIADO" Unidos por uma Causa


"Até hoje ninguém os homenageou. Deles o poder político e militar falou sempre o menos possível. A comunicação social, tão ávida de histórias, demorou anos a interessar-se por aquilo que eles tinham para contar. E os poucos que entre eles passaram a papel as memórias desse tempo só em casos excepcionais conseguiram romper o universo restrito das edições de autor."

PÚBLICO
Publicado por helenafmatos em 5 Março, 2010


«E passados mais 30 anos, eis que começa a surgir no mercado um tipo de escrita especulativa e jornalistica, efectuada «por sobre o joelho»
, assinada por gente imatura e completamente a leste da verdade histórica, cujo objectivo é vender...»

........................................................................


“Um país que viveu e sobreviveu à custa das colónias, perdidas estas, está de tanga, não tendo capacidade para nos ressarcir dos bens patrimoniais que fomos obrigados a abandonar. O Artº 40º, promulgado por Mário Soares, seria um bom negócio para Portugal se as ex-colónias assumissem os encargos dos pagamentos, o que nunca acontecerá.

Os leigos que se convençam de que a chamada descolonização não foi feita sobre o joelho, foi programada ao pormenor. Pelo “andar da carruagem ” dificilmente os Espoliados ultramarinos poderão suportar o encargo das quotas à AEANG.

Os danos morais e materiais são de tal ordem que pessoas das minhas relações dormiam no aeroporto acabando por serem encontradas mortas. Não lhes vali, sem grandes capacidades para tal, porque apenas sabia dos funerais, que com muito pesar acompanhei. Por isso e muito mais, o sofrimento não cabe no meu peito.”

José Magalhães Barros (Porto Salvo)

....





«Isto é selva e na selva só sobrevive a lei do mais forte e, por isso, não vale a pena estarmos para aqui com fantasias e cada um procurará armar-se o mais possível; até no campo político o sucesso depende muito do factor força».

Do almirante Rosa Coutinho, presidente da Junta Governativa de Angola em 1974 citado pelo general Silva Cardoso no seu livro “Angola Anatomia de uma Tragédia”.

«Acabaram-se os sonhos. Agora só nos restam as pataniscas e as rabanadas».

De um “retornado” ao desembarcar no fervilhante aeroporto de Lisboa, fugido de Angola, no Verão de 1975.

neto



"Há 35 anos inventámos a palavra retornado. Mas eles não retornavam. Eles fugiam. Retornados foi a palavra possível para que outros – os militares, os políticos e Portugal – pudessem salvaguardar a sua face perante a História. Contudo a eles o nome colou-se-lhes. Ficaram retornados para sempre. Como se estivessem sempre a voltar."
*PÚBLICO

Publicado por helenafmatos em 5 Março, 2010



“elementos menos evoluídos que têm medo de perder as suas regalias”

Rosa Coutinho


“pessoas racistas que não abdicam dos seus privilégios”.


Vítor Crespo



Os jornalistas portugueses usam então tranquilamente expressões como “brancos ressentidos”, “brancos em pânico” ou "pessoas que “reivindicam um desejo de viver num mundo que já acabou” para referir a maior fuga de portugueses nos seus muitos séculos de História...


Exílio

Quando a pátria que temos
não a temos
Perdida por silêncio e por renúncia
Até a voz do mar se torna exílio
E a luz que nos rodeia é como grades

Sofia de Mello Breyner
.....


“uma das piores coisas que se pode fazer em política e às pessoas que se sintam injustiçadas é prometer-lhes o que, à partida, quem promete sabe perfeitamente que não pode cumprir! Isto é manipulação de sentimentos para efeitos meramente partidários! Esta é uma atitude intolerável na vida democrática!”

Joao Amaral

ANGOLA NAO ERA UM MAR DE ROSAS PARA OS PORTUGUESES...

HISTORIAS DE VIDAS

1. A Vida em Angola contada pela minha avo












Os meus tios e outras crianças de Angola.


Chegaram, em pequenos
grupos, a todo o país; e em pequenas ocupações, a todos os sectores. Como novos bandeirantes, colonos uma vez mais, foram para o interior carregando cóleras e pânicos, vinganças e ousadias.
A sua raiva foi a sua força; a anti-fé fê-los mover montanhas, dominar medos, vencer a loucura e o
desamor. E dar provas espantosas de coragem, de persistência, de engenho de invenção. Com ajudas de instituições, de subsídios, de empréstimos, de amigos, começaram a fixar-se e a transformar os locais onde se detiveram


" Um dia, que esperamos a justiça dos homens não faça esperar muito, será classificado o que se passou no Ultramar Português, e especialmente em Angola, no que se refere à chamada "Descolonização". Nessa altura haverá revelações que muito surpreenderão o nosso povo.
"Entretanto, a verdade dos acontecimentos está sendo, aos poucos, descoberta por testemunhas isentas e sensíveis que, numa tassitura, aqui e além romanceada, vão contanto o que efectivamente presenciaram, ainda sem grande preocupação, ou possibilidade, de aprofundar as respectivas causas".

(de : SILVINO SILVÉRIO MARQUES (General e ex-Governador-Geral de Angola)no Prefácio da obra "OS DIAS DA VERGONHA", de REIS VENTURA -- (Biblioteca do Macua)---- em : http://www.macua.org/livros ----




...«As Nações, porém, não se regeneram por sobre a impreparação dos de sucessivas gerações que, braço às armas dado, sem perspectiva histórica, se distanciaram do destino do país e nem sequer souberam honrar o esforço supremo dos que tombaram no campo da honra e do dever para que o desfecho fosse distinto do que se ofereceu dolorosamente à comunidade dos povos.»

Afonso Rodrigues Queiró
  • Retornados (Video, a vida de Carmem)

ELOGIO AOS RETORNADOS

"A partir de 1975 as pessoas não tiveram mais tempo para pensar e foram obrigadas a começar a trabalhar de uma forma um pouco mais dura do que o normal para recomeçar tudo de novo", recorda o sociólogo das migrações. "Foi a melhor coisa que podia ter acontecido se tivessem entrado numa lógica de reclamar e esperar por indemnizações ainda hoje, 30 anos volvidos, haveria situações complicadas de integração".

Sucedeu o contrário, porém. Os retornados revelaram-se como um grupo com competências muito acima da média da sociedade portuguesa e rapidamente se disseminaram pela sociedade, em vez de se constituírem como uma sociedade colectividade delimitada.

É muito interessante ouvir hoje os retornados falarem das relações entre si "É como companheiros de escola que se encontram passados uns anos e falam sobre a vida do liceu. Quando as pessoas se encontram e acabam por descobrir que são retornados, há logo ali uma relação de afectividade, há um elo comum, resultante de uma desgraça que compartilharam. Depois começam a contar como cada um evoluiu, o que significa que o que é importante já não é o ponto de partida, mas o de chegada, o que interessa é onde se está, onde se chegou".

Diário de Notícias
14.08.05

------ "ESPOLIADOS DO ULTRAMAR PEDEM JUSTIÇA" ------

..."Cerca de 50 (...mais de 200...)pessoas exigem indemnizações ao governo"...
..."A zona da Cimeira de Lisboa voltou hoje a ser palco de uma manifestação. Cerca de 50 (...200...) espoliados das ex-colónias foram pedir ao governo que lhes faça justiça.
..."O pedido já tem mais de 30 anos. Razão mais do que suficiente para o luto em forma de bandeira e para os protestos indignados de quem sente que não recebeu o que lhes pertencia.
..."Os espoliados dizem-se vítimas de vários governos ao longo dos anos e vieram pedir a este que siga o exemplo de outros parceiros europeus que pagaram a quem veio das ex-colónias.
..."Muitos já morreram, a multidão vai sendo cada vez menor,mas sobram histórias antigas e magoadas.
..."Os manifestantes entregaram ainda uma carta para os dirigentes da União Europeia"...

--(em SIC NOTÍCIAS - 19/10/2007 -- e : http://macua.blogs.com --- (20-10-2007) --- (Ver vídeo da TVI (LISBOA) em http://www.macua.org/video/MANIFTVI - 19-10-2007 - wmv --



----------- "RETORNADOS" ------------

..."Quando em 1974/75 Portugal começou a "descolonização exemplar" das antigas colónias ultramarinas, os portugueses aí residentes foram obrigados a optar entre a "morte ou a fuga"! Foi assim que muitos vieram para a "sede da Pátria Lusa", e foram apelidados de "retornados"!
"Esse termo tinha na altura uma forte carga "descriminatória e humilhante"!
"Mas, note-se que este termo foi "arranjado" pelo próprio governo, com a criação do IARN ! E se é verdade que muitos desses portugueses retornaram a Portugal, muitos outros não retornaram! Retornar é voltar a..., regressar a ... e esses portugueses que tinham nascido e crescido nas colónias, acabaram por vir parar a Portugal e não retornar !
...............................................
"Os "retornados" sofreram privações de toda a espécie ! Foram apelidados de quase tudo, "morreram e foram obrigados a ressuscitar" e agora "olham para trás com uma paixão pelas suas terras, usos e costumes, que as palavras não conseguem, descrever" !
"A grande maioria dos retornados "deu a volta por cima" e são hoje fonte produtiva de Portugal ! Nos últimos tempos, cerca de 200 mil portugueses foram para Angola! Há já quem defenda a teoria de que o futuro de Portugal passa pela emigração para aquele país. Provavelmente, muitos desses portugueses são agora "retornados" naquela terra que ajudam a renascer ao mesmo tempo que ajudam Portugal, por razões óbvias!
"E assim, muitos "retornados", depois de espoliados, ainda vão ajudar Portugal...
" Obrigado aos "retornados" pelo que têm feito por este país !..."

--- (De : PEDRO CABEÇADAS -- em "FARO OESTE" --- (FARO , 17 de Junho de 2007) ----
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Os Retornados
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Os Retornados


Júlio Magalhães

Capa mole. A Esfera dos Livros 2008.
ISBN: 989626094X / 989-626094-X
EAN: 9789896260941


Descrição da editora

Outubro, 1975. Quando o avião levantou voo deixando para trás a baía de Luanda, Carlos Jorge tentou a todo o custo controlar a emoção. Em Angola deixava um pedaço de terra e de vida. Acompanhado pela mulher e filhos, partia rumo ao desconhecido. A uma pátria que não era a sua. Joana não ficou indiferente ao drama dos passageiros que sobrelotavam o voo 233. O mais difícil da sua carreira como hospedeira. No meio de tanta tristeza, Joana não conseguia esquecer o olhar firme e decidido de Carlos Jorge. Não percebia porquê, mas aquele homem perturbava-a profundamente. Despertava-a para a dura realidade da descolonização portuguesa e para um novo sentimento que só viria a ser desvendado vinte anos mais tarde. Foram milhares os portugueses que entre 1974 e 1975 fizeram a maior ponte área de que há memória em Portugal. Em Angola, a luta pelo poder dos movimentos independentistas espalhou o terror e a morte por um país outrora considerado a jóia do império português. Naquela espiral de violência, não havia outra solução senão abandonar tudo: emprego, casa, terras, fábricas e amigos de uma vida.

312 páginas com imagens

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