Repare-se na frieza, ligeireza e até desprezo, com que o jovem entrevistador, no primeiro dos videos, aborda um assunto tão sério como este, que a ser bem explorado resultaria decerto numa entrevista bastante interessante e construtiva.
O enfoque vai direitinho para questões superficiais e secundárias como estas:
"...Tu viveste esta época como retornada, digamos, e resolveste agora em 2011 escrever sobre isto. Não era mais prático agora escrever sobre vampiros ou assim Códices da Igreja e essas coisas...?"
"...Tu retratas aqui a vida de uma familia que na prática depois é o espelho também da vida de outras pessoas que viveram este regresso a Metrópole, como se dizia. Existe gente que também esteve em Hotéis de 5 estrelas. Isso é assim tão traumático? Eu não vejo assim... "
Sentido de humor?
Desconhecimento dos factos?
Alheamento dos assuntos?
Trabalho de casa" por fazer?
Falta de empatia?
Estou a lembrar-me que o termo "empatia", originário da palavra grega empátheia, significa "entrar no sentimento". Para alcançarmos este estágio seria necessário deixarmos de lado nossos próprios pontos de vista e valores para podermos entrar no mundo do outro, sem julgamentos, sermos capazes de sentir o que o outro está sentindo. E como isso é difícil de se fazer...
Penso que Dulce Maria Cardoso não deveria expor-se a este tipo de entrevista!!!!
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