domingo, 7 de março de 2010

O que foi feito dos fundos enviados para Portugal para auxílio aos retornados?




Pergunta-se a Mário Soares, ex-primeiro Ministro do Governo provisório instalado em Portugal, após a revolução de Abril, onde foi parar o dinheiro com que vários países contribuíram para os espoliados do ultramar, portugueses que vieram de Angola sem um tostão de dezenas de anos de trabalho e sacrifícios, sem o que o Estado Português tivesse assegurado os seus direitos, tal como um verdadeiro estado de direito democrático o devia ter feito...

Segundo os dados na altura divulgados em nota para as câmaras municipais do país, estes foram os valores que os espoliados como eu nunca chegaram a ver...

E.U.A.

Concedeu, primeiramente, 35 milhões de dólares destinados a auxiliar os «retornados», a fim de serem integrados na sociedade portuguesa.

Posteriormente ofereceram mais de 13 milhões de dólares além de mais 2 milhões de dólares, destinados a outros auxílios atinentes.

ALEMANHA (e organizações humanitárias)

A Caritas Alemã pôs à disposição 1 450 000 marcos, dos quais 400 000 destinados à compra local de bens imprescindíveis à vida e 200 000 destinados ao fornecimento de 18000 cobertores e 23.4 toneladas métricas de géneros alimentícios e medicamentos.

A Cruz Vermelha Alemã entregou para apoio aos deslocados em Angola 500 000 marcos ao Comité Internacional da Cruz Vermelha.
400 000 marcos, roupas, etc, e 1milhão de marcos para o primeiro programa de auxílio, no valor de 4 milhões, elaborado pela Caritas Portuguesa.
100 000 marcos em dinheiro e 400 000 em géneros alimentícios e medicamentos.
A Cruz Vermelha Alemã ofereceu, ainda, 50 000 marcos ao Comité Internacional da Cruz Vermelha, para despesas correntes, enviou para Portugal 50 tendas, uma ambulância volkswagen,  macas, 2100 cobertores de lã, 20 equipamentos para primeiros socorros, vestuário para homem e criança, artigos de higiene, sapatos, tudo no valor de 202 950 marcos. 5 toneladas métricas de alimentos para crianças no valor de 37 440 marcos.

HOLANDA

Pôs à disposição de Portugal 55 000 contos para auxílio ao retornados.

AÚSTRIA E HOLANDA

Ofereceram para apoio aos retornados mais 412 000 dólares.

SUÉCIA
Deu como primeira ajuda a quantia de 50 milhões de coroas suecas, cerca de 30 500 contos.

SUIÇA

Ofereceu para auxílio aos retornados mais de 20 000 contos, posteriormente ofereceu mais 100 000 dólares.

SUÉCIA
Este Governo em 06/11/75 decidiu dar assistência aos retornados, oferecendo 4500 toneladas de farinha de trigo,cujo valor se estimava em cinco milhões de coroas suecas.


DINAMARCA
Ofereceu para apoio aos retornados  milhão de dólares em géneros.

ITÁLIA

Concedeu para auxílio aos retornados 14 000 dólares em dinheiro.

NORUEGA

Para auxílio aos retornados ofereceu 182 000 dólares

GRÃ BRETANHA

Destinados aos retornados ofereceu auxílio sob diversas forma, num valor total de 250 mil dólares

CÁRITAS DA AUSTRIA, DINAMARCA, BELGICA E FRANÇA

Para auxilio aos retornados ofereceram 1 milhão e meio de dólares

RÚSSIA

Ofereceu grande quantidade de açúcar, cobertores, peixe, além de outros produtos alimentares, medicamentos.


Onde está tudo isto? Será que Portugal recusou tão precioso e amigável auxílio, ou será que efectivamente esse dinheiro e esses géneros ainda não chegaram a Portugal? Lá chegar chegaram. O destino de tudo isto é que desconhecemos. E ainda dizem que estamos a ser pesados ao orçamento e a fazer a vida cara. Ora tais bacoradas só podem ser afirmadas por... gente estúpida ou mal intencionada.


 De resto, quem salvou a indústria nacional de hotelaria? Quem evitou que certas fábricas de lanifícios tivessem falido... etc.

publicado por deviamossertodosiguais

Sem comentários: