Na sua edição de 30º. aniversário em suplemento deste domingo, o "Correio da Manhã" lisboeta, entre o que foi notícia de destaque ao longo dos últimos trinta anos, coloca em relevo o trabalho do 'macua' Fernando Inácio Gil e sua entrega desde 1975 à causa dos apelidados "retornados" que, até hoje, aguardam o pagamento por parte do governo português da indemnização dos bens que tiveram de abandonar em África.
Transcrevo: ""1979 - Meio milhão de portugueses tinha regressado das ex-colónias ultramarinas.
Não foi fácil encontrar trabalho e condições de vida digna.
Natural de Moçambique e a prestar serviço no Instituto de Apoio ao Retorno de Nacionais, Fernando Inácio Gil – que, em 1975, coordenara a ponte aérea entre Lisboa e Luanda – sustentava, em 1979, ser 'falsa a afirmação de integração total'.
Trinta anos depois, 'o que mais dói' a Fernando Gil, septuagenário, é 'o não pagamento da indemnização dos bens'. Não é sequer uma dor pessoal pois, sendo militar e requisitado para o serviço público, entretanto reformado, a vida não lhe correu mal. 'É pelos outros, os que em África construíram uma casa e a arrendaram para garantirem a reforma numa altura em que não havia Segurança Social.'...""
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