sexta-feira, 20 de abril de 2012

«VOLTEI DE ANGOLA NUMA TRAINEIRA»


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No dia em que devia embarcar no navio Uíge, fugido às perseguições aos brancos de Luanda, Florindo Bota mudou de ideias: pegou no seu pequeno barco de pesca e voltou a Portugal pelos próprios meios. Passou 33 dias no mar, dos quais 31 em rota, lutando contra os temporais e a iliteracia. Foi pescador até ao fim – e até quase ao fim trabalhou na mesma traineira que trouxe de África. E, quando se tratou de comprar uma nova embarcação, deu-lhe o mesmo nome: “Marlene” – o nome do barco que lhe dera a liberdade e o sustento.
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1 comentário:

A. Coutinho disse...

Eu também vim de Luanda numa traineira , mas curiosamente não encontro comentários a respeito dessa viagem que acabou em Olhão no dia 16 de Setembro de 1975 após 42 dias de navegação nada fácil na traineira TEJO ( registo do Lobito ) com 18 metros e um Motor Cummins 270 Cv Turbo
De salientar que navegamos sempre sós sem qualquer apoio ate à Costa de Marrocos onde tivemos ajuda da Marina e Força Aérea portuguesa.
Tivemos algumas avarias graves e por esses motivos entramos em alguns portos

Cumprimentos e ao dispor

A. Coutinho